sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Das Constatações de Eugênia

( antes no primeiro captulo que no último.)

Não resolvi escrever sobre Helga indiscriminadamente...

Resolvi escrever assim, meio que por saudade, vontade, impulso de mim mesma. Desenterrar uma história de algum lugar profundo e ainda não desvendado dos meus humildes mistérios...


Mas ela foi tomando forma, criando pernas..de tal forma que em alguns momentos fica complicado definir se faz parte de mim ou dela mesma toda esta narrativa.

Helga está morta, e não há nada que mude isso...
nem meu sofrimento por não poder ter descoberto todas estas coisas que me assaltam agora; nem a minha incompreensão de mundo.

E essa mãe que não reclama pelo defunto, meu Deus?
Um mês....
um mês, sem missa de sétimo dia, sem visitas e flores?!? acho que deve ser incumbência minha encaminhar sua boa alma ( caso se comprove que ela não é suicida!) e rezar pelo seu profundo...desenlace.

Helga não me deixa dormir, senhores. Helga não deixa de ser um mito e talvez pedaços da minha loucura. Helga e sua morte prematura. Helga e suas saudades....

Eugênia de Castro. Eu - monstra de Castro, moradora do Edifício Liberdade e prisioneira de mim mesma...

Nenhum comentário: